Artista Visual graduado pela Universidade Federal de Santa Maria. Sua
produção se concentra no campo da gravura, mais especificamente, da xilogravura
e também no campo da fotografia. Dotado de uma capacidade ímpar de
entalhar e gravar suas obras, Gustavo se destaca entre muitos gravadores
renomados. Em seu currículo acumula diversas premiações no campo da gravura, no
qual o artista vem trabalhando há anos na grande Porto Alegre como técnico
responsável pela oficina de Xilogravura no Museu do Trabalho. Realizou
residência artística em 2017 em Bogotá/Colômbia no projeto "Rede de
Ateliês de Gravura na América Latina" através da parceria entre o
Goethe-Institut de Porto Alegre e Bogotá, Museu do Trabalho e Taller Arte Dos
Gráfico. Também no mesmo ano, na capital gaúcha, executou a pintura de um dos
cinco cofres no projeto "Praça dos Cofres" - Santander Cultural. Na
mesma instituição, Gustavo participou da exposição "Paulo Gasparotto:
certas pequenas loucuras" (Santander Cultural/POA). Ministrou, em
2016, a oficina de “Desenho de Observação” na Casa de Cultura Mario Quintana e
executou a pintura mural medindo 3mX10m no muro da Av. Mauá para p projeto
“Arte no Muro”, patrocinado pelo Santander Cultural, Porto
Alegre. Participou no ano de 2016 em POA das exposições “Todos em Casa” no
Espaço Cultural 512 e “É vida! AGAPAN 45anos”, MARGS.
Em 2015 foi indicado ao IX PRÊMIO AÇORIANOS DE ARTES PLÁSTICAS 2015
na categoria “Destaque em Gravura” pela exposição “TODA A VIDA ANTES DE UM DIA”
realizada no Museu do Trabalho.
No ano de 2014, realizou exposição individual “Toda a vida antes de um
dia: Xilogravuras de Gustavo Freitas” – Museu do Trabalho, Porto Alegre;
participou da exposição coletiva em comemoração aos 22 anos do
MACRS “VONTADE: PARA TUDO NA VIDA” – Museu de Arte Contemporânea do
Rio Grande do Sul, Porto Alegre; e da exposição coletiva “Quase uma ilha” –
Galeria Península, Porto Alegre. O ano de 2013 teve como marco o recebimento
do Grande Prêmio Destaque no XII Salão Latino-Americano de Artes Plásticas
de Santa Maria com a Xilogravura “Quando o tempo se torna passado e o futuro
lembrança” – MASM. Também premiado no XII Salão Latino-Americano de Artes
Plásticas de Santa Maria com a Xilogravura “Memórias” – MASM. Em 2011
recebeu o Grande Prêmio Destaque no X Salão Latino-Americano de Artes Plásticas
de Santa Maria – Museu de Arte de Santa Maria/RS.
No campo da fotografia foi premiado com o 3o Lugar, Categoria
PROFISSIONAL P&B no XXXIV Concurso Fotográfico Cidade de Santa
Maria/RS. E o 1º Lugar na Categoria AMADOR P&B no XXXI
Concurso Fotográfico Cidade de Santa Maria foi recebido em 2009.
Sobre a sua poética e seu fazer artístico, Gustavo, carregado de emoções e
sentimentos, nos inspira a pensar a gravura com tamanha leveza:
“Enquanto gravo reflito a cada corte, a cada ideia, pois, cada um destes
milhares de gestos torna-se irrevogável, ao mesmo tempo que cada um tem seu
valor individual, sua importância, seu significado... a cada sulco, a cada nova
linha, positiva ou negativa cria-se um elemento individual quanto estrutura
física, mas coletivo quanto composição... Enquanto linha positiva,
precisa-se de atenção e sutileza, são dois cortes negativos, dois gestos
individuais...duas possibilidades diferentes que harmonicamente devem dialogar
ao formar uma nova e positiva marca no papel e é a esta marca que devemos
agregar valor, sentido e características próprias enquanto elemento único...
Cada linha positiva apresenta-se carregada de sentido próprio e informações
referentes ao conjunto de linhas, ao elemento na qual esta linha foi utilizada
em sua composição...em uma simples linha busco agregar informações, como o
material do qual é feito o objeto, assim como suas texturas e a luminosidade em
suas diferentes partes distintas (luz e sombra).
Gosto de pensar e
propor meu trabalho dividido em 4 etapas, e não apenas 3 como é usual à
gravura: o projeto, a matriz gravada, a impressão, e o “sentir”...
Proponho-lhe completo somente após atravessar a retina, quando se
carrega de significados e sentimentos próprios a cada um de nós, antes disso
trata-se apenas de um ato mecânico, com ideias, intuitos, mas até então mecânico.
O “sentir” compreende o momento em que o trabalho realmente toma vida,
afirma-se como arte e estabelece sua devida função, entretanto esta etapa
compreende-se apenas no intervalo de tempo entre o vislumbre e a tentativa de
descrição, seja para si ou para outras pessoas, pois, na tentativa de
interpretá-los estaremos associando-lhes palavras já carregadas de sentidos
próprios e genéricos que automaticamente estarão influenciando/alterando o
“sentir” em sua essência...” Gustavo Freitas.